A barriga cheia de palavras embaralhadas,
Que comprimem mecanicamente qualquer fluxo até então vigente,
Isquemia e, por conseguinte,
Necrosa a volição.
O nó faríngeo deglutido,
Que permanece intocado,
Inabilita qualquer sentido.
As palavras sofrendo para serem ditas,
Tentando expressar algo reprimido,
Violam o cerne íntimo.
A monotonia deflagrada,
Inusitada,
Postulada,
Escorre,
E me mostra que sozinho,
A vida não faz sentido.
Enquanto aguardo em silenciosa sofreguidão,
Esperando melancolicamente o tempo passar,
Vou romoendo todo sentimento,
Todo desejo,
De dizer o que anseio,
A quem anseio,
O que não disse antes.
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