7 de janeiro de 2022

Me perdi em mim

As nuances da intempestividade mental

Sopram como tufão.

Os ventos nórdicos sequelam e congelam,

A tonteira se instala,

Confusão mental,

Distorção irreal do interno,

Que não se conhece, 

E se mutila sem saber,

Até que a carne já podre,

Se dissolve.


O erro de se achar suficiente,

De achar que a vida vai levando sem se preocupar

Com o amanhã.

Mas o amanhã chega,

Você se encontra perdido,

Num bosque cheio de vivências,

Desorganizadas,

Completas de um vazio gritante.


Confrontado, sem opção, assim achava,

Deixei o amanhã ir, sem pensar em nada.

No bem que o amanhã sólido me traz,

Na satisfação que me da.

E ao me ver sem nada,

A intempestividade domina,

Cega,

E acaba com qualquer certeza que um dia tinha.

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