10 de março de 2022

Plena eclosão em rebuliço

A vontade gritando eclodiu,

Nasceu um fruto belo e vistoso,

Emergido de um peito cansado, 

Sugado,

Mas feliz em perceber que o fruto doce desabrochou uma vontade ímpar.


Achava não ter mais volta,

Achava ter perdido a batalha,

Achava que não acharia mais nada

Nem ninguém,

E assim foi.

Não nego que tentei, 

Mas a única forma que me encaixa é a tua.


O rebuliço miscigenado traz de volta sensações hibernadas,

A ansiedade não tem fim, claro.

São alvos diferentes agora?

São os mesmos. 

Só que serenamente lidados,

Internamente enclausurados,

Escondidos,

Repreendidos,

Pelo sentimento de plenitude.


A marcha se faz compassada

Ou não tem jeito.

Então marcho em cadência,

Seguindo e pisando, diariamente, 

Na certa seta que me guia.


E pela batalha travada,

Conquistada,

A luz do olhar volta a brilhar,

O sorriso escondido da lugar a gargalhadas,

A vontade isolada, agora em comunhão,

Deixa de ruminação.

E eu me vejo são

Enquanto o fruto belo permanecer em eclosão.