25 de novembro de 2021

Do Silêncio

Do caos a lama,

Da lama ao banho,

Nu em minha frente, 

Escorre a água,

Limpa,

Molha,

Enxágua.


As palavras ditas, 

Secas,

Lacônicas,

Marcam pele e alma.


A volta do silêncio,

Sem fim,

Chegou.


Acostumado com o caos,

Num estranho contentamento,

De suaves gotas de sangue,

Que escorrem,

Mancham e

Me lembram:

- Se sangra, vivo está!