4 de janeiro de 2012

Visão maluca de palavras embaralhadas resultando em algo insano e surreal

E num universo tão grande, porque centralizamos tudo em nós?
Porque viver num passado que materialmente não existe?
Porque pensar num futuro que durará alguns segundos?
Quem sabe num mundo irreal de irreais pessoas não existam gente como a gente?
Como a gente em todo o jeito de ser e em todas nossas semelhanças,
Exceto a ganância e o egocentrismo.

Em galáxias, em outros sóis, com outras luas e outras partículas,
Diferentes frequências auditivas com diferentes cores e estudos.
Numa inteligência artificial movimentada por um outro governo, um novo feudo intramundial.
E nessa roda gigante que é a eternidade, o infinito, vejo-me pequeno,
Ínfimo. Reluto em dizer que sou algo. Sou átomos, nêutros, prótons, elétrons,
Sou menos que isso, neutrinos, pósitrons, sou nada.
Sou uma antimatéria em constante ebulição com minha própria matéria, de modo que não posso viver comigo nem sei como viverei sem mim.

Nessa angustiante medida desconsertada que é a história da minha e de outras vidas,
Reflito porque tantos se auto-vangloriam reis de tudo e de todos.
Reflito porque tantos outros realmente acham que tem sempre alguém que é maior e melhor que sua própria pessoa.
E nesse contíguo pensamento reduzo o meu mundo numa imaginação humilhante, 
Depredada pela sociedade e pela minha própria interiorização.
Sou eu quem dá as regras e que as sigo, em uma ditadura pessoal e intransferível.
Numa hereditária regra colossal em que sou proletário e burguês, sou vassalo e sou senhor.
Sou capitalista, sou comunista, anarquista, apartidário, acéfalo.

Somos caros como ninguém é, somos um só num só plano de metas.
Em metas desenvolvidas e desenterradas pela minhoca de três cabeças.
Somos seres indissociáveis, insolúveis e insubstituíveis.
- Eles são mais que nós, ele são mentores, são produtores de liberdade e calamidade,
ELES SÃO LOUCOS, como o vento que sopra em nossos olhos.
E então, manifestantes continuam lutando pela individual liberdade conjunta.

Em desconexas palavras sigo minha receita atípica de intervenção de uma mente pouco trabalhada e pouco lapidada.
Com outras palavras, digo que monto estes versos em complexa realidade no mundo irreal e paralelo em que insisto em viver.
Suo e congelo minha voz pela repressão do meu governador chamado eu mesmo.
Governador ambicioso e oportunista foi revelado como um maquiavélico ser insistente.
Um governador governado por um presidente, chamado Arthur.