18 de janeiro de 2014

Prefiro meu Requiem

Cansado de ouvir palavras, sussurros.
Farto de tanto vilipêndio, de tanto rancor espalhado.
Silêncio. Confortante. Cortante. Lacerante.
A ambiguidade do silêncio:
Paz por não ouvir tanto ódio.
Terror por não comunicar, por não trocar ideais.
Se tem algo que me incomoda, é o silêncio.
E o barulho.
Há, entretanto, a dose certa. Aquela colher de sopa de silêncio.
Aquela colher de chá de barulho.
E 2kg de paciência.
Não achei no mercado pra comprar.

Estranho falar isso, sem ser ouvido, falar no interior, esperando uma resposta.
Minha resposta é meu id e meu superego gritando: NÃO! SIM!
Prefiro meu ego, calado, em dias de sofrimento.
Meu ego triste, solitário.
Chora, sozinho.
Esperneia.
Não adianta, ninguém o ouve. A frequência é diferente,
Uma outra sintonia. Do silêncio, da quietude. Da Paz.

A Paz que o silêncio nos traz... A Paz que o Requiem nos traz, em seu monótono e brilhante barulho.