26 de janeiro de 2022

A pantanosa e imperfeita solução

 Meandros conflituosos que entre si desagregam. O curso bifurcado meio ao pântano escuro divide opiniões. O paradoxo formado pela escolha do caminho leva a um destino desconhecido nunca comentado. O barco branco, liso e calmo com uma descomunal vontade de instruir; o passageiro atônito e confuso. A busca incessante pelo autoconhecimento revela percursos escuros e nunca caminhados. Mas o barco te leva. Te guia sem falar. No escopo procurei seguir. As velas guiadas pelo forte vento escoado pelas voltas, intermináveis, já estavam fragilizadas. O barco tomou controle, percorreu todos cantos desse pântano amargo e cruel, que inferioriza e ridiculariza. É longe, parece não ter fim, os ideais e certezas se confundem e, quando você acha ter concluído, o redemoinho ilógico toma posse e mais uma vez você está perdido em si. No pântano das ilusões, onde as curvas não tem volta a tangente se dissolve, o barco afunda e você se afoga.

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