3 de novembro de 2011

Axioma enfadado pela abolição dos miseráveis!

A poesia que lhes escrevo, não é nada perto do que sinto.
As palavras que aqui recito tentam transmitir o meu íntimo.
As rimas, que não rimam, fazem parte de um todo infinito.
Nesses pontos pressupostos, hoje vejo que são críveis.

No moroso dia que vivo, vou seguindo meu instinto,
Sou calado como o vento, vou-me ínfimo.
Na nuca que preservo sinto o cheiro do seu hálito.
Saiba que todos são sensíveis, invisíveis, como tu.

Sou, somos, serei, como tu foi, como eu sou, como nós seremos,
Um dia juntos. Enveredando nessa passagem e gargalhando de toda folhagem!
Sentimento um dia tão rico, hoje tão miserável, não somos sós.
Somos todos juntos, num só espaço de mãos dadas, num só caminho, vil.

E o mundo tão caído, cheio de cansados e todos enfermos.
Procuram um pardacento bosque de pardacentas criaturas, elas fogem.
'O tempo passa e as pessoas continuam as mesmas', mesmas como os nós,
Que vivemos, que buscamos, que clamamos em dizer que não são nossos, estamos senis.

Senilidade atingída por uma massa perseguida pela mentira da sociedade.
Senilidade lapidada por pessoas de uma falsa comunidade.
Senilidade incentivada pela elite qualificada.
Senilidade alcançada por todos cantos da cidade. Que injúria.

Axiomas que persistem em ser rogados pela Igreja.
Premissas jogadas aos ventos e germinadas por cabeças fracas.
Mais uma vez uma massa explorada, como os escravos.
Queremos e exigimos uma nova abolição, uma carta de alforria.

Nessa máxima sentença que vivemos, procuramos a cortesia de poucos
Que dominam, e tornam-nos alienados como poucos, ou muitos.
Sub-existimos e sobrevivemos nessa nova fase seletiva, em que poucos sairão.
Sairemos por essa, portentosos por nossa enfadonha façanha! Que loucura!

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